"Quando eu morrer voltarei para buscar os instantes que não vivi junto do mar " |
segunda-feira, 8 de abril de 2013
sexta-feira, 5 de abril de 2013
quinta-feira, 4 de abril de 2013
De novo poesia
Preocupa-me a velhice e preocupa-me a falta de respeito para com os idosos.
Encontrei este poema que descreve de forma muito objectiva os sentimentos de quem já chegou à idade avançada.
Não sei quem é Naia Marques mas não resisto a partilhá-lo e a dedicá-lo
Ser Velho
Estou a ser "velho" pela primeira vez !
Nunca antes o fora...
Na minha terra,
com certa ternura,
sou "kokuana" ou "madala".
Mas tanto me faz !
Nesta inexperiência porque passo,
e avassalado pelo inconformismo,
julguei mais fácil sê-lo.
A rugas na cara e a cor dos cabelos,
faz com que injustamente,
me despromovam na consideração,
me degenerem as habilitações,
me reduzam a idoneidade,
se escusem do meu convívio
e isso,
pior que a degradação do físico,
as rugas na face,
ou cor dos cabelos,
MAGOA
e faz com que ser velho seja difícil
e prejudique em muitos casos,
a relação com quem assim me trata ...
Naia Marques
Encontrei este poema que descreve de forma muito objectiva os sentimentos de quem já chegou à idade avançada.
Não sei quem é Naia Marques mas não resisto a partilhá-lo e a dedicá-lo
Ser Velho
Estou a ser "velho" pela primeira vez !
Nunca antes o fora...
Na minha terra,
com certa ternura,
sou "kokuana" ou "madala".
Mas tanto me faz !
Nesta inexperiência porque passo,
e avassalado pelo inconformismo,
julguei mais fácil sê-lo.
A rugas na cara e a cor dos cabelos,
faz com que injustamente,
me despromovam na consideração,
me degenerem as habilitações,
me reduzam a idoneidade,
se escusem do meu convívio
e isso,
pior que a degradação do físico,
as rugas na face,
ou cor dos cabelos,
MAGOA
e faz com que ser velho seja difícil
e prejudique em muitos casos,
a relação com quem assim me trata ...
Naia Marques
quarta-feira, 3 de abril de 2013
Poesia
A poesia ... sempre a poesia:
Testamento
À prostituta mais nova
Do bairro mais velho e escuro,
Deixo os meus brincos, lavrados
Em cristal, límpido e puro...
E àquela virgem esquecida
Rapariga sem ternura,
Sonhando algures uma lenda,
Deixo o meu vestido branco,
O meu vestido de noiva,
Todo tecido de renda...
Este meu rosário antigo
Ofereço-o àquele amigo
Que não acredita em Deus...
E os livros, rosários meus
Das contas de outro sofrer,
São para os homens humildes,
Que nunca souberam ler.
Quanto aos meus poemas loucos,
Esses, que são de dor
Sincera e desordenada...
Esses, que são de esperança,
Desesperada mas firme,
Deixo-os a ti, meu amor...
Para que, na paz da hora,
Em que a minha alma venha
Beijar de longe os teus olhos,
Vás por essa noite fora...
Com passos feitos de lua,
Oferecê-los às crianças
Que encontrares em cada rua...
Alda Lara
Testamento
À prostituta mais nova
Do bairro mais velho e escuro,
Deixo os meus brincos, lavrados
Em cristal, límpido e puro...
E àquela virgem esquecida
Rapariga sem ternura,
Sonhando algures uma lenda,
Deixo o meu vestido branco,
O meu vestido de noiva,
Todo tecido de renda...
Este meu rosário antigo
Ofereço-o àquele amigo
Que não acredita em Deus...
E os livros, rosários meus
Das contas de outro sofrer,
São para os homens humildes,
Que nunca souberam ler.
Quanto aos meus poemas loucos,
Esses, que são de dor
Sincera e desordenada...
Esses, que são de esperança,
Desesperada mas firme,
Deixo-os a ti, meu amor...
Para que, na paz da hora,
Em que a minha alma venha
Beijar de longe os teus olhos,
Vás por essa noite fora...
Com passos feitos de lua,
Oferecê-los às crianças
Que encontrares em cada rua...
Alda Lara
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